19 de dezembro de 2024
No mercado, já existe modelo de papanicolau que é capaz de detectar DST e HPV
O papanicolau é um dos exames mais importantes na saúde da mulher e tem como objetivo diagnosticar, precocemente, o câncer do colo do útero, que é o terceiro tumor mais comum entre as brasileiras. Segundo as diretrizes existentes no Brasil, o intervalo entre os exames de papanicolau deve ser de três anos, após dois exames anuais resultarem como negativos.
Também chamado de preventivo, o papanicolau deve ser realizado por todas as mulheres de vida sexualmente ativa, presente ou passada, que pertencem à faixa etária de 25 a 59 anos, por ser o grupo em que há maior ocorrência das lesões precursoras, de serem efetivamente tratadas, e não evoluírem para câncer. A continuidade do rastreamento, após os 60 anos, deve ser individualizada e, após os 65 anos, a recomendação é de suspender o rastreamento se os dois últimos exames, dentro de um período de 5 anos, estiverem normais.
Mas, infelizmente, não é bem assim que acontece. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 50% das pacientes brasileiras com câncer de colo de útero relatam nunca terem feito um exame durante a vida e a proporção daquelas que não realizam a análise regularmente é relevante.
Como funciona o exame?
O processo de coleta do exame papanicolau convencional envolve raspar as células do colo do útero com o auxílio de uma espátula e espalhá-las em uma lâmina de vidro, seguida pela fixação das células na lâmina em álcool absoluto e, posterior, coloração das células para visualização em microscópio.
O profissional capacitado busca no microscópio, então, a presença de células de tamanho, contorno, coloração ou agrupamentos alterados para detecção de lesões precursoras do câncer de colo de útero ou de células francamente malignas.
A citologia em base líquida ginecológica ThinPrep garante resultados mais precisos
A citologia em base líquida ginecológica ThinPrep consiste em um exame de papanicolau no qual a coleta das células é realizada através do uso de uma escova (para coletar as células presentes dentro do canal cervical) e de uma espátula (para coletar as células presentes na superfície exterior do colo de útero) que são, posteriormente, agitadas em um frasco de meio preservante líquido. Desenvolvido pela Hologic Inc., pioneira no desenvolvimento de tecnologias para a saúde da mulher, como a mamografia digital em 3D, a citologia em base líquida ginecológica ThinPrep se converteu no método citológico de rastreamento de câncer de colo de útero mais utilizado nos Estados Unidos.
A citologia em base líquida ginecológica ThinPrep foi posta à prova em mais de 250 publicações científicas independentes e mostrou-se, significativamente, mais eficaz do que o papanicolau convencional para detecção de lesões precursoras de baixo grau, de lesões precursoras de alto grau e de células glandulares informativas da presença de adenocarcinomas. Além disso, a citologia em base líquida ThinPrep também permite que a amostra de células remanescente da preparação da lâmina microscópica seja utilizada em testes de biologia molecular para detectar o Papilomavírus Humano (HPV) e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) como a clamídia e os gonococos, dentre outros patógenos.
O teste de papanicolau ThinPrep foi aprovado pela Food and Drugs Administration (FDA) dos EUA em 1996. Desde sua introdução, o teste se tornou o mais utilizado no país e é usado por 90% dos 50 principais melhores hospitais dos EUA para ginecologia.