11 de novembro de 2024
O ser humano não consegue ficar parado. Se ficar, adoece. A preguiça, o desânimo não é de nossa natureza. O conforto, sim! Na verdade, gostamos do conforto. Da falta do que fazer, não.
Não podemos misturar as duas coisas. A preguiça nos deixa desconfortáveis, com uma estranha sensação de que algo nos agarra, nos puxa para trás. Já o conforto dos dias em que nada nos puxa, é diferente.
Costumamos dizer “preguicinha gostosa” para aquelas horas em que não há nenhum compromisso com demandas externas, apesar de haver a responsabilidade e o comprometimento com a qualidade do momento.
Daí, dá uma vontade danada do instante não terminar… de ficar ali quietinho olhando o tempo, gostoooso… ai ai! É como se eu estivesse tomando um solzinho no rosto, numa manhã de brisa fresca, de olhos fechados. Bem à toa de forma boa!
E quando o tempo chega a passar sem fim? E quando o dia parece não terminar? E quando todos os dias parecem feriado? Um jeito de morte prematura. Você está vivo mas… não está!
Estar vivo é estar movimentando a energia, “praticando-se no mundo”, mudando coisas e cenas de lugar. É compreender que aposentadoria não é sinal de invalidez e que acima dos 60 o que se tem é… +vida!
Portanto é engano aceitar a regra de que “aposentou tem que parar”, aposentou – tem que ligar o botão do “não quero mais saber” ou ficar “off line pelo resto dos seus dias”.
Também é equívoco achar que “coitado, já fez tanto… deixa ele agora, não deixa fazer isso, não precisa fazer aquilo”.
Desta forma incentivamos as privações baterem à porta mais cedo, os desafios sumirem do cotidiano e em breve a monotonia adoece, enferruja e apodrece.
Você pode agora imaginar que “um dia partiremos mesmo, que importa”…
Mas podemos partir de forma cheia, plena, completa, satisfeita com a vida que vivi. E é aí onde quero chegar: afastar cada vez mais as doenças e limites prematuros ou… oportunos. Tornar-nos mais saudáveis e deixar este legado da qualidade de vida para as gerações mais jovens.
Portanto o fazer na terceira idade assume importância no momento em que a terceira idade descobre que tem muito para contribuir com a família e com a sociedade, deixando de ser passivo. Tornando-se protagonista! Aquele que gera e distribui conhecimento, revolucionando o conceito de se envelhecer!
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Fonte: Terceira Idade