15 de dezembro de 2025
Os efeitos negativos do aquecimento global, das mudanças climáticas e da poluição têm provocado impactos significativos na saúde da população, agravando principalmente doenças alérgicas e respiratórias.
Esse é um tema que preocupa há bastante tempo especialistas da área da saúde, pois já se sabe que doenças alérgicas e imunológicas sofrem forte influência das mudanças climáticas e das alterações no meio ambiente. Embora essas doenças possuam um componente genético e hereditário, a genética, sozinha, não é suficiente para desencadear todo esse conjunto de enfermidades.
É fundamental considerar que fatores ambientais, como o aumento da poluição, o aquecimento global e as mudanças climáticas, contribuem para a alteração das defesas do organismo, levando à inflamação das mucosas respiratórias e da pele. Esse cenário facilita reações inflamatórias que caracterizam doenças como a asma, por exemplo.
Catástrofes climáticas e aumento de doenças alérgicas
Outras doenças que podem ter sua incidência aumentada pelas mudanças climáticas e pela poluição são a rinite alérgica, que atinge cerca de 30% da população brasileira, além da conjuntivite e da dermatite atópica, uma inflamação da pele.
Eventos climáticos extremos observados recentemente, como a tragédia no Rio Grande do Sul, com enchentes ocorridas em abril de 2024, contribuem para o aumento da formação de alérgenos, como pólens e fungos, além da proliferação de ácaros, fatores diretamente associados ao agravamento dessas doenças.
Os alérgenos são substâncias que provocam uma resposta exagerada do sistema imunológico em pessoas sensíveis, resultando em alergias.
Incêndios e poluição atmosférica
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) cita estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que apontam um aumento de aproximadamente 60% na incidência de incêndios, como observado na Região Norte do país. A fumaça gerada por esses incêndios se espalha por diversas regiões do Brasil e até para países vizinhos, elevando a poluição atmosférica e os casos de doenças respiratórias.

Populações mais prejudicadas
Os principais prejudicados pelos efeitos da poluição e das mudanças climáticas são as crianças pequenas, idosos, gestantes e comunidades com menos recursos, onde qualquer alteração climática gera impactos ainda mais severos.
Pacientes com doenças respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), incluindo o enfisema, tendem a sofrer ainda mais com o clima cada vez mais alterado observado nos últimos anos.
Além disso, a poluição plástica e a contaminação por microplásticos representam outra preocupação crescente. Esses resíduos atingem tecidos e órgãos dos seres vivos, contaminam a água e os oceanos e acabam sendo ingeridos pela população.
Segundo a Asbai, por meio da água consumida e do contato com produtos plásticos, os microplásticos interferem diretamente no sistema imunológico e na saúde da população, agravando diversos problemas de saúde.









