4 de agosto de 2025
Especialista recomenda que as pessoas façam check-ups periódico
O Dia Nacional do Diabetes, comemorado em 26 de junho, alerta para os riscos cardiovasculares associados ao diabetes não controlado. Quando a doença não é tratada com medicamentos adequados, alimentação saudável e prática regular de atividade física, pode levar a complicações graves, como hipertensão, infarto do miocárdio, angina, acidente vascular cerebral (AVC) e aneurismas.
O Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica de causas múltiplas, caracterizada pela deficiência na produção de insulina ou pela incapacidade do organismo de utilizá-la corretamente, o que leva à hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue) de forma persistente. Muitos desconhecem que têm diabetes porque os sintomas iniciais podem passar despercebidos.
Por isso, a recomendação é realizar check-ups periódicos com um clínico geral, responsável por fazer a triagem do paciente.
“Todo mundo deve fazer. Um sintoma muito comum do diabetes, que às vezes passa batido, é o aumento da sede e da frequência urinária. Na maioria das vezes, o diabetes tipo 2, em sua fase inicial, é assintomático”, explicou um cardiologista à Agência Brasil.
Além da sede e da urina frequentes, os sintomas do diabetes também incluem cansaço constante e falta de energia para atividades do dia a dia, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Entre homens e mulheres com diabetes, a incidência de infarto agudo do miocárdio e AVC é semelhante, mas é o dobro quando comparada a pessoas sem a doença. No caso das mulheres, a gravidade e a mortalidade costumam ser ainda maiores.
De acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de incidência da doença, com 16,8 milhões de adultos entre 20 e 79 anos diagnosticados. A estimativa para 2030 é de 21,5 milhões de casos.
Ainda segundo a IDF, até 80% das mortes entre pacientes com diabetes tipo 2 têm causas cardiovasculares — índice maior do que os óbitos causados por HIV, tuberculose ou câncer de mama. Controlar os níveis de glicose e colesterol, praticar exercícios físicos regularmente e abandonar o cigarro são medidas essenciais para reduzir esses riscos.
Entre outras possíveis complicações está a neuropatia autonômica, que afeta o sistema nervoso simpático e parassimpático, podendo provocar síncopes (desmaios). Outro alerta importante é para o AVC em pacientes diabéticos, que pode ser confundido com episódios de hipoglicemia, devido a sintomas como confusão mental e mal-estar. A diferença é que a hipoglicemia costuma regredir rapidamente após a reposição de açúcar.
Fonte: Agência Brasil