11 de novembro de 2024
O cuidado e o zelo com a geriatria são encarados não apenas como um simples trabalho, mas com uma simpatia herdada ainda dos tempos de faculdade, a ponto de transformar a profissão em uma atividade saudável e prazerosa.
Com apreço pela terceira idade desde os tempos da faculdade, a fisioterapeuta Monise Zuliani Pannuzio integra um programa desenvolvido especialmente para a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Mogi Mirim (AAPMM). Com previsão para início até o mês de março, o projeto tem como foco atender, conscientizar e ajudar na recuperação de idosos portadores de Parkinson, doença do cérebro responsável por causar tremores e dificuldades na locomoção.
O programa atua em paralelo com um atendimento convencional, específico em sua área, prestado aos idosos duas vezes por semana, na sede da associação. “Essa é uma lacuna que identificamos haver necessidade de trabalhar. Na associação, existia o grupo de idosos, mas nenhum voltado para a parte neurológica, o que está tendo bastante demanda. Como é uma doença que precisa trabalhar bastante o movimento e eles precisam da questão da socialização, não apenas do trabalho em casa, montamos um grupo. Eles não vão só tratar a parte física, como a mental também”, explicou Monise.
Embora cada paciente tenha sua particularidade, as consultas buscarão uma dinâmica coletiva, a fi m de propiciar o máximo em termos de ganho de qualidade de vida e melhora do problema. “Vamos tentar englobar todos os aspectos, todos os objetivos com todos eles, na questão do equilíbrio, coordenação motora, que é o que acaba afetando os idosos em uma doença como Parkinson, a questão da rigidez articular, do movimento, do dia a dia, para que eles passem tem a ter mais autonomia”, adiantou.
O aumento da confiança dos pacientes, aliado à motivação adquirida com o dia a dia de trabalho, colabora para um cenário ainda mais positivo. Aliás, no quesito força de vontade, o público da terceira idade dá um exemplo de superação. “Eles são mais disciplinados que uma pessoa mais nova, levam muito a sério a questão do exercício físico. Percebem que vem sendo benéficos para eles, adquirem confiança e tudo se torna mais fácil”, ressaltou Monise.
A auto prevenção e medidas que colaborem para o desaparecimento ou a diminuição dos efeitos da doença completam o quadro de prioridades dentro das abordagens semanais