11 de novembro de 2024
O tato, a facilidade e a maneira de lidar com crianças e adolescentes em uma de suas profissões, a de psicopedagoga, se tornaram um diferencial no trabalho exercido junto ao público da terceira idade. A experiência foi fundamental no que diz respeito ao atendimento e ao tratamento desempenhado, desta vez, em outro ramo, a de pedicure e manicure. E, é exatamente essa dupla função que galgou Kelly Ramalho Bezerra, de 42 anos, a atuar na Associação dos Aposentados e Pensionistas de Mogi Mirim (AAPMM).
A profissional é responsável por exercer duas atividades de forma simultânea, de segunda a quarta-feira na área que mescla pedagogia e psicologia, e de quinta e sexta naquela que cuida da beleza e da vaidade das pessoas, ao receber os associados da entidade para o serviço de beleza. Com direito a um salão exclusivo em um cômodo na sede da AAPMM, Kelly desfruta de histórias, aprende com a experiência dos mais velhos e pode levar a sutileza da psicopedagogia para seu salão.
“É uma coisa bem gostosa, realmente pareço uma psicóloga, eles gostam muito de falar, de conversar, vou deixando a conversa fluir”, contou, salientando que até sua maneira de trabalhar se torna mais amena com os associados. Nada de sofisticação, produtos variados ou algo que fuja do convencional.
O simples se torna necessário. “É algo mais leve, tranquilo, suave. Elas (as mulheres) não fazem aquela modernidade, mais sim um trabalho básico. Se torna um trabalho mais delicado¨, ressaltou.
Em uma de suas dicas junto aos associados, ela também aproveita para indicar cuidados com os cabelos, apontando que o ideal é lavá-los três vezes na semana, visando preservar o couro cabeludo e que sempre aconselha a utilização de shampoos platinados, visando não deixar a coloração do cabelo amarelada.
Por mês, entre 50 a 60 pessoas passam pelas mãos de Kelly, incluindo o público masculino, minoria, mas que não deixa a vaidade de lado.
Antes de chegar até a Associação dos Aposentados, experiências no voluntariado, como no Lar São Francisco de Assis e igrejas, aliado a uma rotina vivida em seu salão particular. Tempo suficiente para criar laços de amizade e cultivar histórias de vida que a fazem crescer tanto como pessoa como profissional. “Para mim é uma terapia, aprendo com eles, adquiro experiência, ouço histórias das mais variadas situações. Aqui, escutamos de tudo. Tem gente que tem muita história”, celebrou.