11 de novembro de 2024
Há algum tempo, muitos acreditavam que a decadência do cérebro vinha com a idade. Agora, pesquisas mais recentes comaçam a desvendar as potencialidades do chamado cérebro da meia idade. Para nossa surpresa, as investigações apontam para o que de fato pode ser considerado a idade para a melhor performance do cérebro: a faixa etária entre 40 a 70 anos.
Uma editora de ciências da New York Times e jornalista com trabalhos importantes para o cérebro adolescente desbravou-se por uma jornada também rumo às nuances do cérebro da meia idade. Em seu livro “O melhor Cérebro de sua vida”, Bárbara Strauch conta como aos poucos foi percebendo em sua meia idade a joia que carregava, bem como observando o comportamento de colegas e outras histórias.
Em vários testes não só os relatados pela jornalista, mas outros tantos estudos apontam que “os mais velhos podem até demorar para concluir uma questão, enquanto os mais novos são mais velozes mas… os mais velhos acertam bem mais do que os mais novos!” Outra coisa muito interessante é observar as mudanças de comportamento que podem ocorrer na meia idade: uma pessoa que antes se lembrava de detalhes e mantinhase muito organizada com tudo de repente passa a não se lembrar dos detalhes e a organização deixa de ser sua necessidade. Mas ao perguntar pra essa pessoa qual sugestão ela teria para um grande problema… esta resposta pode vir na ponta da sua língua. É uma situação familiar para você?
O cérebro da meia idade não se preocupa com detalhes, nem com informações teóricas pois é um cérebro maduro. O melhor cérebro que se pode ter! Veja bem: um artista e poeta pode muitas vezes ter o melhor desempenho de sua carreira na meia idade pois sabe dizer coisas com profundidade, assegurado em sua experiência de vida, coisa que os mais novos de fato têm menos. Um cérebro da meia idade não precisa de estudar tanto ou, se precisa, o faz meio a tantas outras coisas enquanto que o adolescente tem “a vida toda por conta do estudo” e precisa talvez de um ano inteiro para aprender uma matéria! O cérebro da meia idade precisa de um livro, ou um relato de caso, ou um filme para aprender pois já tem experiência acumulada.
A criatividade surge daí, da capacidade de reinventar a vida com a bagagem formada pelos anos até a fase adulta, onde se dá o máximo de colheitas de informações básicas sobre a existência. A partir daí as novas informações vêm apenas para lapidar o diamante, para trazer o brilho e revelar a preciosidade contida nele.