11 de novembro de 2024
O tema de hoje é um assunto que abrange todos os setores da nossa sociedade e que por isso impossível de ser abordado na sua profundidade num pequeno espaço. Voltaremos a falar sobre esse assunto em outras oportunidades, por hoje citaremos alguns pontos que precisamos repensar com urgência por serem aspectos que já começaram a influenciar no nosso dia a dia e na maneira das coisas funcionarem.
GERONTOLOGIA é a área científica e profissional dedicada às questões do envelhecimento e velhice, tem como objetivo atender as necessidades físicas, emocionais e sociais do idoso, com atuação inter e multidisciplinar.
Nos anos 1900, dificilmente um pai conhecia seu neto, hoje com a expectativa de vida bastante prolongada facilmente conheceremos nossos bisnetos e até tataranetos. O que levou 100 anos para acontecer na Europa, no Brasil o processo de envelhecimento é muito recente e acontecerá em 30 anos, isso provoca profundas transformações sócio econômicas. Quanto mais velhos existem, mais custos se tem com saúde e programas sociais que exigem preparo e qualificação específica e necessária para essa nova demanda, gerando um impacto na sociedade, para governantes e políticos.
Passamos por uma transformação radical e rápida da “cara” da nossa população.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – o número de brasileiros vai crescer até 2042, a partir de quando o número de óbitos superará o de nascimentos. Essa é uma informação extremamente importante no que se refere a taxa de reposição da população, que para se manter equilibrada estipula dois filhos por mulher, o que nos faz concluir que não conseguiremos repor os indivíduos à medida que as pessoas vão morrendo.Com isso o número de habitantes mais velhos se eleva e o grupo etário mais jovem diminui, somado a baixa taxa de mortalidade, provoca um aumento veloz do envelhecimento. De 1950 a 2025, a nação brasileira terá crescido cinco vezes mais e a população de idosos 16 vezes mais. Ter menos filhos e viver mais foi um desejo da sociedade.Porém, como foi citado aqui em nossa coluna, deixamos de entender e estudar o envelhecimento e a velhice, ignorando seus efeitos futuros na sociedade.
O reconhecimento da importância do crescente aumento desses indivíduos no país já resultou em leis e programas que estabelecem proteção e direitos para a pessoa idosa (abordaremos sobre esses temas futuramente) que ajudam a avançar em várias direções.
O que observamos na nossa realidade é que a responsabilidade do cuidado para com o idoso é das famílias e principalmente das mulheres que cultural e socialmente foram delegadas a esse papel. Porém com a inserção da mulher no mercado de trabalho cada vez mais amplas, e jovens que migram do interior para os grandes centros em busca de oportunidades de trabalho, deixando os pais no local de origem nos levam a pensar também em como nossos idosos estão e/ou serão cuidados.
Mas até agora colocamos as situações fora do próprio indivíduo idoso e dos que estão chegando lá. Como os indivíduos que já estão na 3ª idade e que adentrarão na 4ª idade (sim cada vez mais idosos serão mais longevos) devem se posicionar daqui pra frente? E as pessoas que estão chegando nessa fase ou já vivendo a jovem velhice, como estão se preparando para esse tempo? É, temos muito oque discutir e aprender, inclusive novos termos e palavras para deinir tudo de diferente que está por vir e viver.
Gissele Sousa Fisioterapeuta