18 de outubro de 2024
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O artigo de hoje tem o objetivo de nos fazer refletir sobre os preconceitos, que se apresentam de maneira velada: o envelhecimento e a velhice.
Envelhecimento é um processo pelo qual todos os seres vivos passam ao longo de todo o curso da vida. A velhice é uma fase e / ou etapa da vida que pode ser caracterizada pela idade. Com indivíduos envelhecendo em número cada vez maior e tornando-se cada vez mais longevos, pode-se comparar essa situação atual à uma revolução pela qual a humanidade vive e é objeto de pesquisas devido às necessidades e exigências desse mundo que envelhece, seja no espaço público ou em seu domicílio.
Mesmo com tantas mudanças na nossa sociedade e estilo de vida, mantemos os mesmos pensamentos em relação aos velhos e à velhice. A palavra estereótipo, de origem grega – stereos + typos – traduzida como impressão sólida, nos impregnou de rótulos sociais que estão fortemente arraigados no inconsciente coletivo de toda a sociedade. Trata-se de um conjunto de crenças que distorcem e generalizam características de grupos ou pessoas, no nosso exemplo, os idosos. Essas crenças limitam demasiadamente nossas expectativas em relação ao outro, quanto às suas atitudes, pensamentos e a realidade em que vivem, não respeitando assim as diferenças individuais.
AGEÍSMO, é o preconceito etário, direcionado às pessoas mais velhas. IDADISMO também tem o mesmo significado .É o termo que o pesquisador Jorge Félix (professor doutor da USP) tem usado no desenvolvimento do seu trabalho (sobre longevidade) para se referir ao preconceito direto às pessoas mais velhas.
A grande mídia, a cultura de um povo, a publicidade e até mesmo organizações religiosas e políticas transmitem suas mensagens através de imagens e informações, que contém seus valores, percepções e comportamentos aprovados segundo suas referências. Esses conteúdos colocados em circulação para a população produzem conhecimento e identidade. De modo geral, as pessoas que absorvem tais conteúdos criam expectativas que não refletem em sua inteireza a verdadeira realidade a respeito de determinado grupo de indivíduos. Essas crenças negativas desencadeiam práticas discriminatórias, favorece o isolamento das pessoas idosas e faz com que os próprios idosos acreditem e reforcem esses preconceitos.
A educação para o envelhecimento direcionado às crianças, jovens, adultos e mesmo o público idoso seria uma ferramenta importante para valorizar o conhecimento e as trocas de experiências entre gerações. Esta seria uma de várias iniciativas para desfazer a imagem da velhice que foi construída por anos na nossa mente. O envelhecimento ativo propõe uma consciência para um novo papel do idoso na sociedade, que seja participativo em todos os setores da mesma e sabedor da importância da sua história pessoal.
Uma sugestão para reflexão: deixar os chavões em relação aos idosos de lado e COMEÇARMOS A PENSAR SE VELHOS NÃO SÃO OS NOSSOS PRECONCEITOS.
Gissele Sousa
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