16 de maio de 2025
Para cuidar do coração com Dr. Pedro Henrique Oliveira Ferreira
O artigo de hoje tem o objetivo de nos fazer refletir sobre os preconceitos, que se apresentam de maneira velada: o envelhecimento e a velhice.
Envelhecimento é um processo pelo qual todos os seres vivos passam ao longo de todo o curso da vida. A velhice é uma fase e / ou etapa da vida que pode ser caracterizada pela idade. Com indivíduos envelhecendo em número cada vez maior e tornando-se cada vez mais longevos, pode-se comparar essa situação atual à uma revolução pela qual a humanidade vive e é objeto de pesquisas devido às necessidades e exigências desse mundo que envelhece, seja no espaço público ou em seu domicílio.
Mesmo com tantas mudanças na nossa sociedade e estilo de vida, mantemos os mesmos pensamentos em relação aos velhos e à velhice. A palavra estereótipo, de origem grega – stereos + typos – traduzida como impressão sólida, nos impregnou de rótulos sociais que estão fortemente arraigados no inconsciente coletivo de toda a sociedade. Trata-se de um conjunto de crenças que distorcem e generalizam características de grupos ou pessoas, no nosso exemplo, os idosos. Essas crenças limitam demasiadamente nossas expectativas em relação ao outro, quanto às suas atitudes, pensamentos e a realidade em que vivem, não respeitando assim as diferenças individuais.
AGEÍSMO, é o preconceito etário, direcionado às pessoas mais velhas. IDADISMO também tem o mesmo significado .É o termo que o pesquisador Jorge Félix (professor doutor da USP) tem usado no desenvolvimento do seu trabalho (sobre longevidade) para se referir ao preconceito direto às pessoas mais velhas.
A grande mídia, a cultura de um povo, a publicidade e até mesmo organizações religiosas e políticas transmitem suas mensagens através de imagens e informações, que contém seus valores, percepções e comportamentos aprovados segundo suas referências. Esses conteúdos colocados em circulação para a população produzem conhecimento e identidade. De modo geral, as pessoas que absorvem tais conteúdos criam expectativas que não refletem em sua inteireza a verdadeira realidade a respeito de determinado grupo de indivíduos. Essas crenças negativas desencadeiam práticas discriminatórias, favorece o isolamento das pessoas idosas e faz com que os próprios idosos acreditem e reforcem esses preconceitos.
A educação para o envelhecimento direcionado às crianças, jovens, adultos e mesmo o público idoso seria uma ferramenta importante para valorizar o conhecimento e as trocas de experiências entre gerações. Esta seria uma de várias iniciativas para desfazer a imagem da velhice que foi construída por anos na nossa mente. O envelhecimento ativo propõe uma consciência para um novo papel do idoso na sociedade, que seja participativo em todos os setores da mesma e sabedor da importância da sua história pessoal.
Uma sugestão para reflexão: deixar os chavões em relação aos idosos de lado e COMEÇARMOS A PENSAR SE VELHOS NÃO SÃO OS NOSSOS PRECONCEITOS.
Gissele Sousa
16 de maio de 2025
Para cuidar do coração com Dr. Pedro Henrique Oliveira Ferreira
16 de maio de 2025
11 de março de 2025